30 de abr. de 2010

Como identificar igrejas saudáveis e líderes confiáveis

binoculos_collection_thumb[4]

Em meio a tanta confusão nos arraiais evangélicos, muitos preferem servir a Cristo em seus próprios lares, engrossando assim a fileira da igreja que mais cresce no Brasil e no Mundo: a dos desigrejados. Seu desapontamento com a igreja instituída fez com que agissem como Elias, o profeta solitário que cansou-se de nadar contra maré de corrupção que abatera sobre Israel, planejando terminar seus dias confinado numa caverna. O que ele não sabia é que Deus havia preservado sete mil pares de joelhos que não haviam se dobrado a Baal.

Basta visitar alguns dos milhares de blogs que povoam a blogosfera cristã para certificar-se de que ainda há esperança. A blogosfera transformou-se numa enorme congregação virtual. Gente oriunda de todos os setores da igreja cristã tem a liberdade expor seu descontentamento com o rumo que a igreja tem tomado.

Como pastor, preocupo-me com aqueles que simplesmente desistiram de congregar e se alimentam unicamente do que é postado em nossos blogs. Precisamos muito mais do que isso. Precisamos construir relacionamentos sólidos, submeter-nos a uma liderança madura e respaldada na Palavra, encaminhar nossos filhos a um ambiente saudável, sentir-nos pertencentes a uma família espiritual, e mesmo, contribuir financeiramente com projetos que visem a glória de Deus e o bem-comum.

Daí surgem algumas questões pertinentes:

Poderíamos congregar numa igreja que não fôssemos capazes de recomendar a outros? Sentir-nos-íamos constrangidos e desconfortáveis em trazer nossos amigos e parentes a um culto?
Que tipo de igreja proveria um ambiente seguro e saudável para os nossos filhos? Que igreja poderia ajudar-nos na formação do caráter deles sem intrometer-se em assuntos domésticos e particulares, e sem expor nossa autoridade como pais? Há igrejas onde o pastor se vê no direito de estabelecer regras nos lares de seus congregados. Filhos crescem sem saber se devem honrar a seus pais ou obedecer cegamente a seus líderes espirituais. Imagine um pastor que exija ser chamado de “pai”, ou ser tratado como tal. Ou ainda: o desconforto de um pai cuja autoridade é rivalizada pela autoridade pastoral.
A que tipo de liderança deveríamos nos submeter? Um pastor que não é respaldado por sua própria família (pais, irmãos, filhos, esposa, etc.), estaria apto a mentorar outras famílias? E quando todos percebem que entre ele e a esposa não há amor? Você se submeteria a um pastor cujo casamento não passasse de um embuste? Que tipo de tratamento ele dá aos filhos? A famíla pastoral deve ser referência. Não digo que deva ser perfeita, mas pelo menos saudável.

Seria sábio submeter-nos a uma liderança susceptível a todo tipo de modismo doutrinário? Hoje prega uma coisa, amanhã prega outra totalmente difirente? Seria sábio submeter-nos a uma liderança emocionalmente desequilibrada? Como nossos pastores reagem ante a uma crise? Como reagem quando são elogiados? E quando são criticados? Costumam trazer problemas de casa para o púlpito, ou vice-versa? Gostam de apelar ao emocionalismo? Gostam de tornar as pessoas dependentes deles?

Seria sábio submeter-nos a uma liderança antiética? Quem suporta um pastor que só sabe falar mal dos que o antecederam? Você se submeteria a um pastor que sequer sabe ser grato a quem o instituiu? E mais: com quem ele anda? Quem são seus amigos? Quem freqüenta sua casa? Não me refiro a amizade com pessoas não cristãs, e sim a amizade com falsos cristãos, lobos infiltrados no meio do rebanho para causar-lhe dano. Como acolhem as pessoas que chegam a igreja? Dão o mesmo tratamento independente da posição social? Desprezam os veteranos para dar maior atenção aos novatos? Como são tratados os anciãos? Lembre-se que um dia você será um.

E quanto às contribuições? Seria sábio contribuir numa igreja onde a liderança é pródiga? É correto o pastor fazer compromissos maiores do que os que a igreja possa arcar e depois escapelar os irmãos na hora das ofertas? Como as ofertas são pedidas? Há muita apelação, manipulação e pressão psicológica? E como elas são administradas? A quem o pastor presta contas? Há uma instância acima dele? O que entra na igreja é usado exclusivamente ali ou parte é destinada a trabalhos missionários? Há projetos sociais relevantes? Que resultado esses projetos têm alcançado?

É correto usar o dinheiro da igreja para pagar cachês a cantores e bandas convidadas?

E se o pastor eventualmente cometer um deslize grave, como adultério ou roubo, quem poderá admoestá-lo, ou mesmo puni-lo?

Como a igreja lida com questões políticas? É certo a liderança apontar em quem os membros devem votar? É correto levar candidatos para o púlpito e ceder-lhes a palavra? Há algum trabalho de conscientização para que as pessoas exerçam sua cidadania cabalmente, sem interferência?

Quais os critérios usados pelo pastor para ceder seu púlpito a outro pregador?

Olhe para as pessoas à sua volta, principalmente para que chegaram antes de você e pergunte-se: Elas são hoje pessoas melhores do que eram anos atrás? As pessoas que congregam ali estão amadurecendo na fé? Lembre-se: elas podem ser você amanhã.

E quanto ao culto? Percebe-se a presença de Deus naquele lugar? Há reverência ou simplesmente oba-oba? As pessoas que freqüentam estão realmente interessadas na Palavra ou só aparecem quando há algum evento ou convidado especial?

Essas são apenas algumas questões que precisam ser consideradas. Se você tiver alguma outra questão igualmente relevante, por favor, poste em seu comentário.

O que não podemos é desistir da igreja de Cristo, seja reunida de maneira formal ou informal. Não basta criticar, urge encontrarmos saída para resgatá-la deste estado calamitoso em que chegou.

Hermes C. Fernandes em seu blog.

Diversas conversões

Já me converti várias vezes. Fui católico nominal e virei presbiteriano-reformado-calvinista. Depois migrei e ganhei o título de assembleiano-pentecostal-clássico. Mas o processo nunca parou. Experimentei mudanças bruscas em minha crença sobre milagre: saltei das orações despretensiosas e formais para agonizar de joelhos e ter intervenções divinas que resolvessem problemas, meus e dos que me pedissem ajuda.

Na maturidade, houve outras mudanças em minha caminhada religiosa. Abandonei projetos grandiosos, “billygrahaminianos”, de impactar o mundo; perdi ideias românticas sobre a “verdadeira igreja”; desiludi-me com as afirmações absolutas da teologia sistemática que pretende catalogar de forma exaustiva o que se deve saber sobre Deus e o mundo vindouro; desencantei-me com as lógicas da espiritualidade engrenada de “causa e efeito”; fugi da beligerância dos apologetas da “reta doutrina”.

Alguns amigos, inquietos com a minha rota, questionam se não há retorno, se estou mesmo decidido a permanecer no processo de repensar a fé e a espiritualidade. Pelas marretadas que já levei, pelos companheiros que já perdi e pelas censuras que já sofri, confesso que fui tentado a reconsiderar. Entretanto, voltar atrás, neste caso, seria um retrocesso covarde. Tudo o que entusiasma pede para ser aprofundado, alongado, problematizado, nunca esvaziado.

Para apagar o que absorvi sobre a relação com Deus

Eu precisaria negar que a mais linda revelação do evangelho é o esvaziamento de Deus na encarnação;

Eu precisaria afirmar que as portentosas narrativas bíblicas de milagre são jornalísticas e que servem para convencer os incrédulos de que Deus é poderoso;

Eu precisaria insistir em dizer que as condições sub-humanas dos que vivem em monturos de lixo fazem parte de um um plano traçado por Deus antes da criação. Não consigo imaginar-me falando: “Deus é soberano e decidiu que eles viveriam assim; e os porquês da Providência, só saberemos na eternidade”.

Eu precisaria pregar que Deus está em controle de todas as coisas, inclusive do estuprador que matou a adolescente, do fornos crematórios de Auschwitz, das machadadas que dizimaram Ruanda e da estupidez de Pol Pot no Camboja, que executou dois milhões de inocentes.

Eu precisaria escrever revistas de escola dominical para mostrar que as crianças são perversas, mentirosas, verdadeiras víboras em gestação, e que elas devem se arrepender o quanto antes e “aceitar Jesus” para não terminarem prematuramente no inferno.

Eu precisaria ensinar que sem o credo confessional dos evangélicos bilhões arderão no enxofre e que Deus se sentirá feliz e vingado ao ouvir o choro e o ranger de dentes dos condenados por toda a eternidade.

Eu precisaria postar textos na internet sobre o “direito” do Oleiro matar os miseráveis no Haiti. Teria de insistir que somos barro sem autoridade de questionar os atos do Senhor. Precisaria teimar no “mistério insondável” de Deus escolher exatamente os mais pobres para derramar o cálice de sua ira; e que é meu dever arregaçar as mangas e amenizar o sofrimento dos que foram vítimas do ódio de Javé, sempre ofendido pelo pecado.

Como não consigo voltar a essas lógicas, só me resta prosseguir na compreensão de Deus com outras premissas. Através de Jesus, tento entender o Divino. Como o Deus invisível nunca se deixou ver por ninguém, tenho apenas o rosto, as palavras e os gestos de Jesus para intui-lo. Faço revisão teológica sem grandes pretensões, não intento formar nenhum movimento, quero tão somente ser honesto com minhas, só minhas, inquietações.

Sim, pretendo experimentar novas conversões. De passo em passo, alargar meus parcos conhecimentos e minhas estreitas convicções. Mas como o Divino é oceano mais imenso que a soma das galáxias, tenho muita transformação pela frente.

Soli Deo Gloria
30-04-10

Ricardo Gondim, em seu site.

19 de abr. de 2010

Inspire-se

Não se limite aos dogmas evangélicos e religiosos. Invente um mundo sobrenatural se for preciso. Faça um BLOG, escreva na sua agenda, no diário, escreva um livro, tenha Twitter, faça uma música, aprenda um novo idioma, pinte um quadro, aprenda arte, leia poesia... não se limite ao que os pastores pregam em suas igrejas. Aja com excelência!


Hoje, precisamos de homens brilhantes como C. S. Lewis (apologista cristão escritor dos sete volumes de “As Crônicas de Nárnia”, na década de 1950 entre outros). Se Deus ainda não lhe mostrou nada, TRANSPIRE-SE! Comece o caminho, sem preconceitos e medos. Abra mão dos pilares religiosos que nós nem sabemos de onde vieram. Crie um leão simbolizando Jesus e seu Reino mágico e encantado! Desenvolva algo novo. Uma marca, um site, um livro, crie um perfume. Crie uma grife de roupas. Administre uma empresa brilhante que o mundo nunca viu. Um produto que todos esperam e ainda ninguém de nós teve ousadia pra criar. Se envolva na ecologia e na preservação do meio em que vivemos. Vejo pessoas que não são cristãs preocupadas com isso, com reciclar, com criar produtos do lixo enquanto muitos cristãos estão pendurados em sua “fé” sem obras!



Coisa que o Maurício Zágari (escritor de “O Enigma da Bíblia de Gutemberg” - FOTO ACIMA - Lançado pela Editora Anno Domini - veja o ótimo site do livro aqui) teve, ele saiu do convencional, de escrever livrinhos de “Como alcançar a sua bênção” ou “Seja poderoso em nome de Jesus” ou ainda “Sete chaves para uma oração respondida”. Parabéns, meu queridão! O Maurício criou uma história de investigação policial/religiosa para impactar a vida de jovens e adolescentes (eu como um adolescente de 37 anos adorei e recomento). Achei a iniciativa preciosa, porque acredito que os nossos jovens precisam encontrar alguma literatura interessante nas livrarias evangélicas e não só livros de poder e unção.


Hoje em dia os escritores que nem são cristãos nos superam em muito!!! Sei que é uma colocação que muitos irão discordar. Eles são realmente bons, já li muitos deles. Como publicitário, recebo material de divulgação de várias editoras. Meus queridos, não há nada no mundo evangélico literário muito brilhante hoje em dia. A maioria dos cristãos de hoje escreve sempre a mesma coisa, uma literatura cheia de vícios de linguagem e chavões evangélicos que o leitor precisa ter uma Paciência de Jô pra acompanhar tanto simplismo. Mas nós podemos mudar essa história, nós podemos! Temos o Espírito Santo que nos capacita, somos cheio de todo tipo de unção. Vamos pedir à Deus queridos que comece a INSPIRAR-NOS em tudo que fizermos profissionalmente. E se Deus não inspirar TRANSPIRE-SE! Coloque a sua mente para funcionar e CRIE... SEJA BRILHANTE e ouse.


Você sabe qual o lugar mais rico do mundo? Os cemitérios. Porque ali estão enterrados os sonhos que nunca se realizaram, os livros que nunca foram escritos, os missionários que nunca evangelizaram ninguém, as fábricas que nunca produziram nada, as pinturas e obras de arte que nunca saíram de projetos, músicas que nunca foram compostas, tecnologias que nunca foram reveladas, igrejas que não foram construídas, pregadores que nunca ministraram, professores que nunca deram aula, líderes que não tiveram seguidores, cantores e músicos que nunca impressionaram ninguém com seu talento, prédios e casas que nunca foram construídos...

O cemitério é um bom lugar não só para enterrar o nosso corpo, mas também para enterrar os nossos sonhos. Comece fazendo... SEJA BRILHANTE!

 

Abraço a todos!

EM CRISTO, o primogênito de TODA a CRIAÇÃO.

Soli Limberger

 

Fonte: Buscai o Reino