30 de dez. de 2009

O evangelho de Google

Deus existe, chama-se Google, e alguns de nós consultam-no e fazem-lhe pedidos todos os dias.

A tese da divindade do santuário de busca mais freqüentado da terra, pregada ardentemente pelo tecno-profeta Matt MacPherson, ainda não foi, que eu saiba, refutada a contento.

Uma página apologética do sáite A Igreja de Google argumenta sensatamente que “existe mais evidência em favor da existência de Google do que de qualquer outro deus adorado nos nossos dias”.

Se você se preocupa com esse tipo de coisa, o Google encaixa-se confortavelmente dentro de alguns dos mais exigentes atributos que a teologia ortodoxa estabeleceu para Deus: ele é onisciente (sabe tudo que há para se saber – basta perguntar), onipresente (esta em e é acessível de todos os lugares, ainda mais com acesso wireless), imortal (suas informações e algoritmos estão distribuídos entre vários servidores, de modo que não há como se apagar definitivamente uma porção do Google), registra todos os nossos erros e preferências e tem vocação para infinito.


Para o adorador casual, mais importante pode ser saber que o Google responde consistentemente as orações que se lhe fazem, e de forma mais rápida, organizada, relevante e abrangente do que qualquer deus competidor. As orações ao Google, que na tecno-ortodoxia chamam-se buscas, tem um potencial de resposta avassalador. Se você quer permanecer ignorante a respeito de determinada coisa, é melhor não consultar o oráculo do Google – o deus cego e generoso que tudo vê, tudo sabe e nada vai negar.


O reino de Google está próximo.



O Google pode ajudá-lo a organizar-se e manter-se informado, pode fornecer informações sobre como salvar uma vida ou tirá-la, pode oferecer uma cópia de segurança para os seus arquivos quando seu computador fritar, pode ajudá-lo a encontrar amigos há muito perdidos, a encontrar o caminho mais rápido e eficiente para determinado lugar ou a ver a Terra de cima.


Seu poder e sua sabedoria não páram de crescer, sua graça é abundante sobre justos e injustos, suas atualizações renovam-se a cada manhã.


O que me traz invariavelmente à lembrança o curtíssimo conto de ficção científica de Fredric Brown, “Answer”, de 1954. Num futuro distante autoridades estelares ligam pela primeira vez o interruptor que conecta os supercomputadores de noventa e seis bilhões de planetas “numa máquina cibernética que combina todo o conhecimento de todas as galáxias”.


– A honra de fazer a primeira pergunta é sua, Dwar Reyn.

Ele vira-se para olhar a máquina de frente.


– Deus existe?


A voz poderosa responde sem hesitação, sem o clique de um único relé.


– Agora existe.

Na história eles até tentam desligar o interruptor, mas é tarde demais. O reino de Google está próximo.
 

22 de dez. de 2009

Ôxente! Feliz Natal cabra!



O Nascimento de Jesus, Um Cordel sobre o Natal.

Textos: Euriano Sales. Ilustrações: Meg Banhos. Locução e Edição: Euriano Sales. Trilha: Sa Grama.

Fonte: Youtube

14 de dez. de 2009

Uma vida com propósitos

"Depois de Atos, aqui está o melhor, mais prático e o mais rico ensino sobre o crescimento da igreja."

Estas palavras do palmeirense Ary Velloso foram estampadas na capa de Uma igreja com propósitos, livro de Rick Warren publicado no Brasil pela primeira vez em 1997. Ainda desconhecido no Brasil, o líder de Saddleback nem sonhava com a explosão mundial de sucesso que ocorreria alguns anos depois c/ a publicação de Uma vida com propósitos.

Tive o privilégio de editar o texto de Warren (confira na ficha técnica), chamado posteriormente por Peter Drucker de "o inventor do avivamento perpétuo". A obra foi escolhida como um dos 100 livros cristãos que mudaram o século XX. Não é pouca coisa... :P

Como sempre acontece nos casos de sucesso, levantaram-se inúmeras vozes p/ apontar "heresias" e "problemas" nos dois best-sellers de Warren. Tudo igualzinho ao que aconteceu + recentemente c/ as soporíferas "denúncias" s/ o livro A cabana. Lembrando a máxima collorida, o tempo mostra-se senhor da razão e em alguns meses os críticos voltam p/ o limbo e as obras permanecem.

Confesso que, tempos depois, tremia de pavor ao ouvir a palavra "propósitos". A overdose de obras derivadas (e de outras que tentaram pegar carona no sucesso) foi de encher a bolsa escrotal em níveis insuportáveis. Pior ainda os que extrapolaram o caráter literário e abraçaram as ideias do livro como "manual de crescimento de igreja". Até o visual californiano despojado de Warren foi (e tem sido) imitado, mostrando que o complexo de vira-lata continua em alta neste país abençoado por Deus.

Em 2001, Rick Warren esteve no Brasil. Em total falta de sintonia c/ a simplicidade do cabra, a entourage brasileira dificultava qq tipo de aproximação. Excutivo da editora que o publicava aqui, me cansei da falta de respostas aos e-mails e telefonemas. Queria uma exclusiva c/ Mr. Warren e decidi tentar burlar a vigilância que armaram em torno dele.

Foi beeeem + fácil do que imaginava. Descobri que ele estava no Meridien e me dirigi até o belo hotel em Copacabana. Joguei aquele agá básico na recepção e me passaram o número do quarto dele. Liguei, me apresentei e falei que queria bater um papinho c/ ele. Em 10 minutos estávamos curtindo aquela vista linda e conversando descontraidamente. Quando os "meganhas gospel" descobriram, ficaram furiosos e ficavam batendo no relógio p/ que eu encerrasse o papo. Obviamente, isso ñ aconteceu. =)

"May God bless your ministry, Sergio Pavarini - Pv 19.21", diz a dedicatória no meu exemplar de Uma igreja com propósitos. Um dos livros que guardo com carinho na seção de obras autografadas que tenho na biblioteca.

O papo com Rick Warren vc confere
aqui.

Fonte:
Pavablog

Sou mais fã do Pavarini
depois de ficar sabendo dessa história! Um pouco de ousadia não faz mal a ninguém :P Estive em SP em julho de 2007 para ouvir Rick Warren de perto e realmente a simplicidade daquele homem impressiona.

8 de dez. de 2009

Chapa quente!

O Portal Cristianismo Criativo apoia o movimento criado pelo jornal The Guardian que, juntamente com outros 56 jornais de 44 países, publicaram no dia de hoje um editorial sobre os desafios que a humanidade enfrenta, especialmente nesses dias em que ocorre a COP-15 - 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague.

Aqui no Brasil, apenas dois jornais publicaram o editorial: Zero Hora e o Diário Catarinense. Juntamos nossas vozes a eles para gritarmos em favor do meio ambiente e pela humanidade.

Sendo assim, traduzimos e publicamos a seguir o editorial, com o objetivo de nos posicionarmos sobre o tema.



Hoje, 56 jornais em 44 países dão o passo inédito de falar a uma só voz através de um editorial comum [sobre Copenhague]. Fazemo-lo porque a Humanidade enfrenta uma terrível emergência.

Se não nos juntarmos para tomar uma ação decisiva, as alterações climáticas devastarão nosso planeta, e juntamente com ele a nossa prosperidade e a nossa segurança. Há mais de uma geração que os perigos têm tornado-se evidentes. Agora, os fatos já começaram a falar por si mesmos: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes desde que os registros começaram a ser feitos; a camada de gelo árctico está a derretendo; e os elevados preços do petróleo e dos alimentos no ano passado permitiram-nos ter uma previsão de futuras catástrofes.

Nas publicações científicas, a questão já não é se a culpa é dos seres humanos, mas sim quanto tempo ainda nos resta para conseguirmos limitar os danos.

Mas, mesmo assim, até agora a resposta em nível mundial tem sido frouxa e sem grande convicção.

As alterações climáticas estão ocorrendo há séculos, têm consequências que durarão para sempre, e as nossas perspectivas para as limitarmos serão determinadas nas próximas duas semanas. Exortamos os representantes dos 192 países reunidos em Copenhague a não hesitarem, a não caírem em disputas, a não se acusarem mutuamente, mas sim a resgatarem uma oportunidade frente ao maior fracasso político das últimas décadas. Não deverá ser uma luta entre os países ricos e os países pobres, ou entre o Oriente e o Ocidente. O clima nos afeta a todos, e deve ser solucionado por todos.

Leia +.

7 de dez. de 2009

Ricardo Gondim e MK Editora ganham Prêmio Areté 2009

O livro Sem Perder a Alma (MK Editora), de Ricardo Gondim, recebeu o prêmio Areté 2009. Gondim foi contemplado na categoria Autor Nacional. O prêmio Areté (palavra grega que significa "excelência", "virtude"), promovido todos os anos pela Associação de Editores Cristãos (ASEC), tem como objetivo incentivar a qualidade na literatura Cristã. Este é o 9º Areté da MK Editora.

Ao receber a notícia do prêmio conferido a Gondim, Yvelise de Oliveira, presidente do Grupo MK de Comunicação - que assina as ilustrações de Sem Perder a Alma ? ligou imediatamente para o autor parabenizando-o. "Estou muito feliz pela conquista. O livro é maravilhoso e realmente foi um justo reconhecimento ao trabalho de um dos mais expressivos e conceituados escritores do segmento Cristão. Parabéns Ricardo Gondim, parabéns MK Editora".

Sem Perder a Alma é um livro de crônicas em que o pastor da Igreja Assembléia de Deus Betesda e poeta disserta sobre inúmeros temas convidando o leitor à reflexão e levando-o pelo caminho da emoção sem apelação. Segundo o jornalista e blogueiro Sérgio Pavarini, os textos de Gondim combinam sensibilidade e franqueza em doses obrigatórias. Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), vai mais longe: "São reflexões imprescindíveis àqueles que anseiam re-significar o evangelicalismo".


Fonte: MK Musik

4 de dez. de 2009

É o fim da igreja?

Observador do seu tempo

Dirigente da Igreja Cristã Nova Vida, Walter McAlister fala do legado do pai e constata que a fé evangélica mudou muito

Por Carlos Fernandes

Durante muitos anos, a voz de sotaque inconfundível foi familiar aos crentes brasileiros: “Que Deus os abençoe rica e abundantamente”, dizia o fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida pelas ondas da Rádio Relógio Federal. O missionário canadense Robert McAlister, carinhosamente conhecido no Brasil como bispo Roberto, teve papel destacado na inserção do Evangelho entre as classes médias urbanas. A denominação que fundou ajudou a mudar o conceito da sociedade acerca dos evangélicos – e, passados dezesseis anos de sua morte, seu legado é incontestável. “Ele deixou um exemplo de seriedade e valorizou a vocação pastoral”, diz, com orgulho, seu filho e sucessor no ministério, Walter McAlister Jr.

Mas os tempos e a Igreja Evangélica são outros. E Walter, mais do que ocupar o púlpito que um dia foi de Roberto, hoje é um analista do segmento no qual nasceu, cresceu e construiu sua carreira ministerial. Aos 53 anos, o bispo está lançando O fim de uma era (Anno Domini), livro no qual fala como observador e participante ativo do movimento evangélico nacional, com todas as suas facetas, crises e paradoxos. Mas a experiência própria não é a única credencial que ostenta – Walter, nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, tem uma sólida formação acadêmica e teológica, que inclui os cursos de graduação e mestrado em disciplinas como psicologia e estudos bíblicos na América do Norte. Ordenado ministro do Evangelho em 1980, ele hoje é o bispo primaz e presidente do Colégio dos Bispos da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, entidade que agrega 140 congregações.

O quadro que emerge de seu livro não é animador. Walter prevê o fim da Igreja – não o corpo místico de Cristo, que segundo ele “nunca falirá”, mas o atual conceito de igreja no Brasil. “A Igreja Evangélica hoje não cresce, incha. A diferença é que um corpo, quando cresce, mostra saúde; já o inchaço é sintoma de alguma doença”, aponta. Como outros indícios desse mal, o bispo aponta a superficialidade, o mundanismo, a falta de ética e a corrupção. “Aliás, no que tange à corrupção do mundo secular, ela em pouco difere da que se alastra nos meios cristãos”, lamenta. Durante esta conversa com CRISTIANISMO HOJE, Walter McAlister admitiu que lhe dói o coração ver a situação da Igreja contemporânea: “Queria ser mais gentil. Mas há momentos em que se faz necessário e urgente dizer a verdade dura, mesmo que isso nos custe muito.”

Leia+

Fonte: Cristianismo Hoje

O anseio furioso de Deus

O novo ano já está batendo às portas, e a Mundo Cristão prepara seus lançamentos para o início de 2010. O anseio furioso de Deus, de Brennan Manning está entre os livros que chegarão logo nos primeiros dias do ano.
Em sua nova obra, Manning parte do princípio de que Deus anseia fortemente por nós, quer se relacionar conosco e nos ama profundamente, a ponto de entregar seu único Filho para a morte na cruz. Deus criou-nos a sua imagem e semelhança e somos o que ele tem de mais precioso, por isso esse amor "furioso" do Pai por nós.

Brennan Manning parte de suas próprias experiências de vida, em especial os erros que o levavam para longe de Deus, para mostrar quão importante é a compreensão desse amor e também para aprendermos a viver um novo modelo de relacionamento com Deus, com confiança, sinceridade e entrega. Deus nos ama e espera que cultivemos uma relação íntima com ele. É para esse anseio divino que Manning nos desperta e nos leva.

Ao final de cada capítulo, o leitor encontrará algumas perguntas e reflexões sobre as quais vale a pena meditar. O objetivo não é encontrar a resposta "certa", e sim meditar sobre o tema tratado naquele capítulo. Como fruto desse tempo de dedicação, virão grandes mudanças em suas atitudes para com Deus, segundo o autor.

Ele afirma no início do livro: "acredito que a expressão anseio furioso é a melhor maneira de descrever o anelo que Deus sente por você e por mim. Se você conseguir levar consigo apenas uma mensagem da leitura deste livro, que seja a aquisição do hábito de orar essa passagem da Escritura (Cantares 7:10)".

Brennan Manning provou pessoalmente o amor, a graça e a misericórdia de Deus e conhece seu poder, por isso seus livros e ministrações têm tocado o coração de cristãos e despertado não cristãos ao redor do mundo. O anseio furioso de Deus tem lançamento previsto para janeiro de 2010. Conheça um trecho da obra, clique aqui.

Assista ao trecho de uma das mensagens de Brennan Manning, na qual ele fala sobre o amor divino. Clique aqui.


Fonte: Mundo Cristão