Sacerdote do Rio Grande do Sul se adaptou a lei para seguir a rezar missa
A tradição de tomar vinho durante as celebrações é milenar. Mas agora, com a lei de tolerância zero ao álcool, muitos padres precisaram se adaptar para continuar rezando missas pelo interior do país. Padre Silvério dirige cerca de quatorze quilômetros num dia de trabalho. Aos domingos, reza até cinco missas em cidades diferentes do Rio Grande do Sul. E para cumprir o roteiro, o sacerdote parou de beber. "Eu coloco a hóstia só um pouquinho no sangue de Cristo e tomo isto, porque eu sou motorista", explicou o padre Silvério Schneiders.
A tarefa de tomar o vinho consagrado ficou por conta da ministra da eucaristia, que não precisa dirigir depois da missa. "A gente respeita a lei. É brasileiro como todo mundo", disse a ministra da eucaristia Noemia Agostini. Padre Silvério, contudo, não se queixa da aplicação da lei e de ter de adaptar o ritual para cumpri-la. "Uma iniciativa que eu tomei e penso que está liturgicamente correta e que ao mesmo tempo ajuda a resolver uma questão com a qual eu estou plenamente a favor", declarou o padre Silvério Schneiders.
Não há uma orientação oficial da igreja aos padres. Mas uma coisa é certa: com ou sem a lei seca, o vinho permanece no altar. "Não podemos mudar o que Jesus Cristo instituiu, a celebração com as espécies, com o pão e com o vinho", disse o padre Antônio Hoffmeister.
Fonte: G1
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